A poluição plástica é considerada pela ONU o grande desafio do século. Tendo em vista a urgência deste tema, o deputado distrital João Cardoso (Avante) votou, nessa quarta (27/3), contra o projeto de lei 148/2019, que pretende ampliar de 90 dias para um ano e meio o prazo para que o comércio do DF deixe de utilizar canudos e copos plásticos. O parlamentar foi o único a votar contra o texto, no entanto, matéria foi aprovada pela Câmara Legislativa do DF.
“Só tem um detalhe que muitos aqui não observaram: estamos falando de poluição e de degradação ambiental. E isso já tem sido testemunhado e comprovado pelo mundo inteiro (…) Estão dilatando demais a retirada dos descartáveis. Este é um tipo de poluição que a gente não vê, e que é continuada. Acho que 90 dias seria o tempo suficiente para que se consuma todos os materiais dos estoques das indústrias e comércios.”, afirma.
Primeira capital brasileira a banir o uso de canudos plásticos, o Rio de Janeiro estabeleceu 60 dias para que comerciantes se adequassem às novas regras. Em São Roque (SP), a exigência passou a valer 120 dias após a publicação da lei. Na tendência global de combate ao lixo plástico, Sorocaba (SP) recorreu ao prazo de 10 meses para que bares e restaurantes da cidade se adequassem às novas regras. Em São Vicente (MG), por exemplo, o prazo foi de 6 meses.
O Brasil ainda não se comprometeu a banir o plástico. Alguns países que resolveram excluir materiais nocivos, como canudos, copos e sacolas plásticas são: Ruanda, Índia, Bélgica, Costa Rica, França, Grenada, Indonésia, Noruega, Santa Lúcia, Serra Leoa, Nova Zelândia, Chile, Uruguai, Taiwan e a União Européia.
Por Clarice Gulyas