Os terceiros sargentos Cláudio Paiva e João Batista se conheceram no Exército. A amizade deles com o 2º Sargento Marcelo Campos começou nos tempos de escola. Na igreja, o Cláudio conheceu o 1º Sargento Márlon Temoteo.

A parceria resulta em cumplicidade, como resume o sargento Cláudio Paiva. “No olhar, a gente sabe como o outro pensa e como age”.

A equipe está junta desde 2010 patrulhando Sobradinho I e II, Fercal, Vila Basevi, Lago Oeste e condomínios da região do 13º Batalhão. O atual comandante, o 1º Sargento Márlon, foi o último a chegar. Depois de quatro anos e meio na Capelania, ele decidiu mudar de ares em setembro do ano passado.

“Tinha o desejo de participar de uma equipe tática antes de ir para a reserva remunerada”, revela. Até lá, serão mais quatro anos na equipe tática.

Segundo o sargento Marcelo, o começo foi estranho. Mas a boa vontade do egresso da Capelania convenceu o grupo. “Quando há parceria, um acaba ensinando o outro”.

O Gtop 33 atende ocorrências mais complexas com maior grau de periculosidade. O tráfico de drogas, roubos e a apreensão de armas de fogo são as ocorrências mais comuns.

Em abril deste ano, o Gtop 33 foi a primeira equipe a chegar à casa da mulher que teve o rosto queimado por ácido jogado pelo ex-marido. As imagens dela correndo desesperada pedindo socorro aos vizinhos chocou a população do Distrito Federal. No mês seguinte, a equipe apreendeu 28 pés de maconha e 15 selos de LSD numa chácara em Sobradinho 2.

O policiamento em Sobradinho conta com uma equipe especializada e pronta para ser acionada. A abnegação é uma característica ao grupo, como explica o sargento Marcelo. “(A gente) está disposto a perder folga, não ter descanso, com o único intuito de ajudar as pessoas”.

O sargento João Batista acrescenta: “A confiança e a cumplicidade são as características mais marcantes desse grupo”. Ele conta que esse nível de companheirismo nunca encontrou nas equipes com que trabalhou.

Fora do serviço, a parceria é ainda mais forte. As famílias são amigas. Com muita frequência, fazem confraternizações.

A união fora do quartel reflete no trabalho. As divergências são resolvidas em conjunto e o resultado é um grupo mais coeso e forte, pronto para servir a população.

 

Escrito por Alan Borges / PMDF – fotos divulgação/ PMDF