Teatro de fantoches e música animaram a EC 15 nessa terça-feira (31), em iniciativa da Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, que promove ações educativas nas escolas do DF
Cerca de 300 alunos da Escola Classe 15 (EC 15) de Sobradinho tiveram uma aula animada sobre a dengue, nesta terça-feira (31/5). Teatro de fantoches, palestra e música fizeram parte do repertório apresentado por um grupo artístico coordenado pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) da Secretaria de Saúde (SES), que promove ações educativas em escolas do DF.
Na apresentação, um personagem não podia faltar: preto e com um nariz enorme, o boneco do Aedes Aegypti contou às crianças sua rotina e como contamina as pessoas. Estudantes de 6 a 11 anos interagiram com os artistas, cantaram e levaram a lição de casa sobre a prevenção e a transmissão da doença. Segundo dados da Dival, 90% dos focos da dengue estão em residências e imóveis em geral.
Aprender pelo lado lúdico
A escola conta com 1.040 alunos matriculados, do primeiro ao quinto ano, nos turnos matutino e vespertino, e já havia passado às crianças noções sobre o assunto em sala de aula. Dias antes da atração, foi feita vistoria de possíveis focos de mosquito no colégio. De acordo com a diretora, Tânia Santos, o aprendizado com enfoque lúdico costuma trazer mais resultados.
“Acreditamos que com o teatrinho eles podem assimilar mais e entender como são os cuidados em casa e no colégio, onde passam cinco horas dos seus dias”, avalia. “Além disso, tivemos alguns casos de dengue, tanto de alunos quanto de professores, que tiveram de se afastar do nosso dia a dia.”
Mãe de uma aluna do quinto ano da EC 15, a professora Glaucione Leone reforça o empenho da meninada: “Eles se apropriam mesmo do tema. Nessas oportunidades, minha filha chega em casa e fala: ‘Olha mamãe, aprendi isso hoje, teve o teatro, não pode fazer isso. É muito legal’”.
“Fizemos contato com a Secretaria de Saúde para saber da disponibilidade de uma visita. Em pouco mais de um mês, eles vieram. O momento é importantíssimo, com o surto de casos da doença em todo o Brasil”, reforça a orientadora educacional Elenice Rocha.
A iniciativa é do Núcleo de Mobilização Social da Vigilância Ambiental, que realiza ainda ações como estandes informativos e palestras em grupo.
“É um trabalho que tem como foco as doenças zoonoses e as arboviroses, como a dengue, chikungunya e a febre amarela, que são transmitidas pelo mosquito. Desde janeiro, já foram 105 ações realizadas em instituições públicas e privadas”, contabiliza o chefe do núcleo, Luiz Guilherme Oliveira. A apresentação pode ser solicitada pelas escolas pelo e-mail educacaodival@gmail.com.
É possível denunciar
A Dival alerta que o combate à dengue é um dever também da população. Em caso de imóveis fechados ou abandonados, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, a população pode registrar denúncia pela Ouvidoria, tanto pelo site quanto pelo telefone 162.
Fonte: Rafael Secunho, da Agência Brasília ,Edição: Débora Cronemberger