O GDF informou, por nota, que a área estava divida em pronta para a grilagem, com várias estruturas feitas apenas para determinar o local
O Desmatamento ilegal e a grilagem de terras estão na mira do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao todo, 152 edificações precárias foram identificadas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Descoberto. Com esses dados, o GDF mobilizou uma força tarefa para acabar com o crime ambiental na região. A operação começou no dia 29 e terminará no dia 3 de maio. Os grileiros colocam em risco o abastecimento de toda a capital.
A operação é um pedido do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) visando combater as agressões ambientais, assim desobstruindo áreas públicas, removendo obras em desenvolvimentos, cercas, muros e edificações precárias construídas recentemente na APA do descoberto.
Segundo o Instituto Chico Mendes, órgão federais e órgãos locais participaram desta ação. “A operação conjunta mobilizou 22 instituições, incluindo órgãos ambientais de destaque, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental (Ibram)”, explicou a pasta.
O GDF informou, por nota, que a área estava divida e pronta para a grilagem, com várias estruturas feitas apenas para determinar o local. “A maioria das construções estava desabitada e eram usadas para demarcação de lotes irregulares”, explica o GDF.
Ainda segundo a nota, esta não é a primeira operação na região que comumente é cobiçada por grileiros. “Desde então, a tentativa de reocupação pelos grileiros tem sido insistente e o DF Legal realizou outras cinco operações até chegar nesta grande operação desta segunda”, pontua o governo;
O GDF ainda destaca que a APA é super importante para os moradores do DF, pois ela garante o abastecimento hídrico. “O local é de intensa sensibilidade ambiental, pois abriga o Lago do Descoberto, que abastece cerca de 65% da população do DF.
O secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, alerta sobre os riscos da ocupação irregular desordenada e afirma que a situação pode chegar a um colapso. “Nós não temos planeta suficiente para realizar todos os desejos que temos hoje de desenvolvimento”, explica o especialista.
De acordo com Márcio, a floresta tem que ser sempre preservada, pois ela garante a vida no planeta. “As florestas são importantes para o nosso dia-dia, para nossa economia, para o nosso consumo e também para a manutenção da vida. Quando destruímos uma floresta, é tudo isso que estamos destruímos”, conclui o secretário do Observatório do Clima, Márcio Astrini.
Fonte: Por Luís Nova – redacao@grupojbr.com – Jornal de Brasilia