Escolas da Estrutural, Ceilândia, Recanto das Emas e Sobradinho devem receber o projeto piloto. Iniciativa faz parte do programa SOS Segurança.

 

O governo do Distrito Federal anunciou, nesta sexta-feira (11), que vai lançar um convênio com a Polícia Militar para formar alunos em quatro escolas públicas do DF – localizadas na Estrutural, Ceilândia, Recanto das Emas e Sobradinho.

 

Segundo o GDF, essas regiões foram escolhidas para abrigar a iniciativa porque apresentam “alto índice de criminalidade” e têm estudantes com “baixo desempenho” escolar.

 

Caso o projeto piloto apresente bons resultados, a ideia deve ser incorporada em outras 36 escolas do DF, conforme apontou o secretário de Educação, Rafael Parente. A proposta faz parte do programa SOS Segurança, lançado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) nesta sexta-feira (11).

 

“Esse é mais um projeto piloto, assim como outros que serão testados. Vamos avaliar os custos e os resultados, para decidirmos se vale a pena ampliar”, disse Parente.

 

O gestor explicou que as ações da PM não deverão influenciar o currículo pedagógico. A ideia é que os militares ajudem na formação disciplinar de alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

 

“Não é militarização. É um convênio das escolas com a PM para auxiliar na disciplina e no contraturno. Não muda o currículo escolar.

 

Entenda

 

O secretário de Educação afirmou que essas unidades de ensino adotarão o mesmo formato das escolas militares em relação à exigência da disciplina e ao cumprimento de horários.

 

Cada uma das escolas receberá de 20 a 25 militares (policiais ou bombeiros) que deverão integrar o quadro de servidores. De acordo com o chefe da Casa Militar, coronel Júlio César Lima de Oliveira, os policiais que participarão do projeto serão aqueles que “estão com restrição médica e na reserva”.

 

“Não vamos tirar policiais das ruas.”

 

Oliveira disse ainda que os estudantes terão que usar uma farda. Além disso, deverão ter aulas de musicalização e educação moral e cívica com os militares.

 

O custo para aplicação da proposta em cada escola é orçado em R$ 200 mil por ano. Essa despesa deverá ser custeada pela Secretaria de Segurança Pública.

 

 

Por Beatriz Pataro, TV Globo e G1 DF- Foto: Dênio Simões/Agência Brasília