sexta-feira, julho 5, 2024
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Emater-DF coordena debate sobre a recategorização das Unidades de Conservação de Sobradinho

Será criado um Grupo de Trabalho para ouvir produtores rurais que vivem ao longo da bacia do Ribeirão Sobradinho

Para debater as propostas existentes para aumentar e recategorizar as Unidades de Conservação (UC) que envolvem o Ribeirão Sobradinho, o escritório local da Emater-DF em Sobradinho reuniu no último dia (20) produtores rurais que vivem na região e representantes de instituições ambientais que estão envolvidas no estudo.  A gerente do escritório de Sobradinho, Clarissa Campos, coordenou a reunião, que contou com a presença do presidente do Ibram, Roney Nemer, além de assessores da entidade; do deputado distrital João Cardoso; do fiscal do ICMBio, Maurício Laxe; e representantes da Adasa, Caesb, das administrações regionais de Sobradinho I e II e das associações rurais.

O Ibram apresentou um estudo prevendo a mudança de categoria das UCs que circundam o Ribeirão Sobradinho para Monumento Natural (Mona) e a criação de um parque unindo essas áreas. Assustados com o impacto que a medida poderia provocar tanto em suas vidas quanto na produção rural, os produtores atendidos pela Emater-DF demandaram uma reunião para que os órgãos ambientais envolvidos pudessem dirimir suas dúvidas quanto ao projeto e propor a flexibilização da categoria para Unidade de Conservação Sustentável (UCS). Essas unidades têm como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

O presidente do Conselho Rural da Associação dos Criadores e Produtores de Sobradinho (ACPS), Tarcísio Marques, disse que existem mais de 25 associações rurais e que é necessário realizar um mapeamento mais detalhado da região de forma a contemplar no estudo todas as áreas da Unidade Hidrográfica do Ribeirão Sobradinho. “A Emater-DF é a casa do produtor rural e contribui muito com o que nós desenvolvemos na área rural. Mas, o que me preocupa é que um Monumento Natural é algo de muita importância e nós que estamos no centro da discussão não sabemos os impactos dessa mudança.  As pessoas mais importantes para o Mona somos nós produtores, não é o Ibram e nem é o governo. Essa mudança tem que vir de maneira que agregue a comunidade, o produtor e a preservação ambiental”, salientou Tarcísio.

Por outro lado, a superintendente de Unidade de Conservação do Ibram, Marcela Versiani, ressaltou que a entidade contratou uma empresa de consultoria que fez o estudo apresentado. “Nós estamos totalmente abertos para revalidar o estudo feito e ampliar o debate de forma a incluir o segmento rural”.

Grupo de Trabalho

O fiscal do ICMBio, Maurício Laxe, sugeriu a criação de um Grupo de Trabalho sob a coordenação da Emater-DF, ampliando os parceiros e instituições envolvidas, como a Câmara Legislativa, Ministério Público do DF e da União, Caesb, Adasa e Ibram e incluindo os produtores rurais. “Criar uma Unidade de Conservação não é um problema, mas categorizá-la, sim. Daí a importância fazer uma análise sinérgica do estudo e realinhar as informações”, disse.

O presidente do Ibram, Roney Nemer, classificou a reunião como um momento importante por ter reunido técnicos, políticos como o deputado João Cardoso e os produtores rurais. “Fiquei encantado com as contribuições a sugestão de criação do GT para discutir melhor a criação dessa Unidade de Conservação ao longo de Sobradinho e postergar a audiência pública. Conversar e dialogar é o fato maior. Precisamos ouvir o maior número de contribuições possíveis para que a gente consiga apresentar o melhor para a comunidade. Quando se cria, deve-se ouvir todas as pessoas impactadas e o produtor rural está no centro desse debate, isso faz parte do processo democrático e a orientação do nosso governador Ibaneis Rocha”, declarou Roney Nemer.

Para a gerente do escritório local da Emater-DF em Sobradinho, a reunião foi um sucesso porque os produtores estavam angustiados e preocupados de não poder mais conversar ou modificar a recategorização das Unidades de Conservação. “Com a participação do Ibram e do ICMBio, vimos que o assunto não está encerrado, que existe a possibilidade de flexibilizar a escolha de Monumento Natural para Unidade de Conservação Sustentável e que teremos mais tempo para debater mais, tomar decisões e voltar atrás de decisões por meio da discussão com os produtores, se assim for definido durante o debate. Dessa forma, os produtores estão saindo mais felizes e aliviados”, finalizou Clarissa Campos.

A responsabilidade da Emater-DF nas próximas etapas será fazer união entre os diversos atores que vão compor o GT e fazer a interlocução entre o produtor rural e as instituições públicas. Para isso, vai organizar debates, palestras para que todos os envolvidos sejam ouvidos e que os desdobramentos sejam os mais corretos e justos.

Fonte: Ana Nascimento/ Ascom Emater DF

Emícles Nogueira Nobre Júnior
Emícles Nogueira Nobre Júniorhttp://jornaldesobradinho.com.br
Jornalista Profissional DRT 12050/DF, Blogueiro, Gestor Comercial & Diretor Geral do Jornal de Sobradinho.
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