Projeto Inclusão Socioesportiva, realizado em parceria entre Secretaria de Esporte e Lazer e Sesi, oferece também hidroginástica

Três integrantes de uma mesma família têm um compromisso com o esporte aquático no mesmo dia e hora. Aulas gratuitas e bem-animadas, feitas em turmas separadas na unidade do Sesi em Sobradinho. A vó Tarsilia Medeiros, 58 anos, é praticante de hidroginástica. O neto mais velho, Igor Lima, 13, é aluno de natação intermediária; o mais novo, Vinícius Lima, 5, dá suas primeiras braçadas na turma de adaptação ao nado. Todos eles fazem parte do projeto Inclusão Socioesportiva, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) em parceria com um dos órgãos que compõem o Sistema S.

Secretaria de Esporte e Lazer e Sesi se uniram no projeto Inclusão Socioesportiva para levar mais qualidade de vida para a população de Sobradinho | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O movimento no complexo esportivo do Sesi é intenso. Não é para menos: são 1.496 alunos matriculados na natação e hidroginástica. Entre segunda e quinta-feira, as atividades são em três períodos, mesclando crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência (PcD).

Tarsilia Medeiros faz aulas de hidroginástica e o neto, natação

A dona de casa Tarsilia viu nas aulas de hidro um ‘remédio’ para as dores de coluna. “Nunca tinha feito [as aulas] e estou gostando muito. É saúde em primeiro lugar, né? E vem a minha turma de casa toda junta”, conta a senhora.

Igor, assim como a avó, não era lá muito chegado a nadar. Piscina, só mesmo na parte rasa. Mas, hoje revela estar adaptado e feliz. “É muito legal poder estar aqui, fazendo uma atividade física junto com boa parte da minha família”, afirma. “As aulas são muito boas. Jogo futebol e vôlei, mas agora estou tomando gosto pela natação e quero participar dos torneios daqui”, acrescenta.

Quase 1,5 mil alunos estão matriculados nas aulas de hidroginástica e natação

Já a responsável por levar o trio para nadar duas vezes na semana é a servidora pública Carine Lima, 35, tia dele e filha de dona Tarsilia. “É um projeto de inclusão, sem dúvida. Reúne pessoas de todas as idades e é gratuito. Nem todo mundo tem condições de pagar pela prática do esporte”, ressalta.

O Inclusão Socioesportiva começou em fevereiro e atende estudantes das redes pública e privada de ensino e a comunidade em geral de Sobradinho, além de áreas vizinhas como Fercal e Vila Rabelo

O Inclusão Socioesportiva começou em fevereiro e atende estudantes das redes pública e privada de ensino e a comunidade em geral de Sobradinho, além de áreas vizinhas como Fercal e Vila Rabelo, por exemplo. Do total de vagas, 5% são ofertadas a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Segundo a coordenação do projeto, são 15 autistas e quatro cadeirantes na prática de natação. O investimento da SEL no convênio é de R$ 959 mil, o que engloba toda a parte de treinadores, pessoal e equipamentos para os praticantes.

Saúde e lazer para todas as idades

“O esporte é uma ferramenta de extrema importância, não só para o desenvolvimento de nossas crianças, mas também contribui de forma direta com a preservação da saúde de todos que praticam”, destaca a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira. “Sem dúvida, estamos oportunizando a prática esportiva de qualidade para a população dessas cidades”, acrescenta. “A promoção da qualidade de vida é um dos pontos da missão do Sesi . E aqui podemos proporcionar às pessoas o acesso a modalidades esportivas dentro de uma ótima estrutura”, opina o superintendente do Sesi-DF, Marco Secco.

Professor das duas modalidades, Angelo Gomes, ministra as aulas do projeto diariamente para crianças a partir dos 4 anos, adultos e idosos. Segundo ele, além dos benefícios trazidos para a saúde, os treinos ocupam o contraturno de meninos e meninas que ficavam parados em casa. “Com o Inclusão Esportiva, conseguimos ‘abraçar’ alunos do ensino fundamental e médio e os adultos, muitas vezes pais deles. Vale lembrar que estamos ofertando também lazer a todos e a oportunidade de socializar com professores e os colegas”, conclui.

Fonte: Rafael Secunho, da Agência Brasília , Edição: Débora Cronemberger