Plano de prevenção, composto por 22 instituições, é executado em ações como cursos, treinamentos e blitz educativa
“É melhor prevenir do que remediar”. O antigo ditado popular se alinha à ação de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) para minimizar o impacto dos incêndios na seca, com períodos mais críticos em agosto e setembro, em Brasília. O Plano de Prevenção de Combate a Incêndios Florestais (PPCIF) reúne 22 entidades distritais, nacionais e militares, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e inclui ações como treinamentos, monitoramento e campanhas de conscientização da população.
A atuação contra incêndios florestais no DF é exemplo para as demais unidades da federação, segundo o Instituto Brasília Ambiental | Foto: Divulgação
“Não existe no país um plano com tantos órgãos agindo juntos nessa causa. Sempre precisamos do empenho de todos para resolver da melhor forma. Tudo feito com antecedência, nada pode ser feito em cima da hora”
Pedro Paulo Cardoso, diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasília Ambiental
O modelo adotado pelo DF é exemplo para as demais unidades da Federação, segundo o diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasília Ambiental, Pedro Paulo Cardoso. “Não existe no país um plano com tantos órgãos agindo juntos nessa causa”, afirma.
“Sempre precisamos do empenho de todos para resolver da melhor forma. Tudo feito com antecedência, nada pode ser feito em cima da hora. Estamos comprando equipamentos de proteção individual para os nossos brigadistas, pois no período crítico, precisamos estar com tudo funcionando perfeitamente”, explica Cardoso.
O Brasília Ambiental é responsável pela gestão de 86 unidades de conservação, como parques urbanos, recreativos, ecológicos e estações ecológicas. “Dentro dessas 86 unidades, a gente cuida com programas de combate a incêndios, executados pela nossa diretoria. Mas no combate a incêndios, ninguém trabalha sozinho, há uma cooperação. Nós, que fazemos parte do PPCIF, estamos sempre integrados, com o intuito de otimizar a aplicação dos recursos humanos e materiais disponíveis”, diz o diretor.
“Estamos nos prevenindo e, desde março, promovemos cursos, de como agir em casos de avistar um incêndio florestal, por exemplo. Estamos começando cedo para estarmos bem alinhados e organizados quando chegar o período mais crítico”
Carol Schubart, coordenadora do Plano de Prevenção de Combate a Incêndios Florestais
O PPCIF envolve instituições como o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil , Caesb e Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). “Contratar brigadistas, fazer os aceiros, educação ambiental, promover cursos com Corpo de Bombeiros: há curso de integração entre os órgãos para a gente aprender a lidar com o incidente da melhor forma possível”, descreve.
O aceiro é uma faixa de terra de cerca de cinco metros de largura que impede a propagação das chamas em caso de incêndio. “Nós fazemos o negro, com uso do fogo, e o mecânico, que é a roçagem. Com o negro, a gente queima a borda da unidade, pois onde já queimou não pega fogo novamente”, diz o diretor.
O Brasília Ambiental concluiu, no dia 8 de abril, um curso sobre combate ao incêndio florestal, realizado em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que durou duas semanas. Foram formados 52 novos brigadistas florestais, aptos a combater os incêndios. “Além disso, eles serão como peças-chaves para disseminar as informações, são multiplicadores do conhecimento”, completou Pedro Paulo Cardoso.
A coordenadora do PPCIF, Carol Schubart, conta que ações como blitz educativas foram suspensas por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. “Vamos retomar essa ação a partir deste mês. Nós abordamos pessoas que moram em áreas com maior risco de incêndio florestal. Também trabalhamos em todas as escolas classes da região, então vamos falar com a criançada”, anunciou.
Schubart segue a linha de que o mais importante é antecipar os treinamentos para minimizar os riscos e impactos dos incêndios provocados pela seca. “Estamos nos prevenindo e, desde março, promovemos cursos, de como agir em casos de avistar um incêndio florestal, por exemplo. Tem cursos também para os servidores que fazem parte do quadro de pessoal que trabalha diretamente com a questão dos incêndios florestais. Estamos começando cedo para estarmos bem alinhados e organizados quando chegar o período mais crítico”, concluiu Carol.
Fonte: Petronilo Oliveira, da Agência Brasília , Edição: Débora Cronemberger