Vigilância Ambiental aconselha a população a verificar diariamente os possíveis focos do mosquito transmissor
As ações de combate à dengue prosseguem em todo o DF. Diariamente, agentes da Vigilância Ambiental percorrem as ruas para realizar inspeções e ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Até a Semana Epidemiológica 45 (de 29/12/2019 a 7/11/20), foram notificados 46.145 casos prováveis de dengue no DF, o que representa um acréscimo de 219 casos (0,47%) em relação à semana anterior.
46.145 casos prováveis de dengue foram registrados no DF entre dezembro de 2019 e o início deste mês
De acordo com o boletim, observa-se em 2020 um aumento de 22,7% no número de casos prováveis, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 37.613 casos prováveis.
A Região de Saúde Sudoeste apresentou 11.450 casos (24,8%), seguida das regiões Sul, com 8.487 ocorrências (18,4%), e Norte, com 7.763 casos (16,8%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de registros, a Região Sul apresenta a maior taxa de incidência (3.109,2 por 100 mil habitantes).
Casos confirmados
Até a Semana Epidemiológica 45, foram confirmados 69 casos de dengue grave (DG) e 749 casos de dengue com sinais de alarme (DSA), com 44 óbitos – dez no Gama, quatro em Ceilândia e Planaltina, três em Samambaia e Vicente Pires, dois em Sobradinho, Guará, Sobradinho II, Lago Sul, Recanto da Emas, Taguatinga e Santa Maria e um no Riacho Fundo II, Paranoá, Fercal, Águas Claras, Sudoeste/Octogonal e Plano Piloto. No mesmo período do ano passado, foram registrados 53 óbitos.
“Realizamos ações diariamente nas residências do DF”, informa o diretor de Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues. “Já nos pontos estratégicos, que são os locais com maior incidência de contaminação, as vistorias ocorrem quinzenalment,e e sempre é utilizada a borrifação com UBV costa [fumacê]l.”
Ações da semana
Nesta semana, o Sanear Dengue, que conta com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), empreendeu ações de combate ao mosquito da dengue no Jardim Botânico e em São Sebastião. O fumacê, informa Rodrigues, também tem passado nas áreas em que ocorre o maior índice de casos de dengue. Gama e Sobradinho foram contemplados nas últimas ações.
A Diretoria de Vigilância Ambiental orienta que toda a população tire dez minutos por semana para inspecionar seu quintal e possíveis áreas que podem acumular água parada. “Com o aumento das chuvas, a preocupação cresce, por isso é importante verificar todos os locais, garagens, jardins, plantas que acumulam água e calhas”.
Tipos de vírus
Em relação ao monitoramento das cepas do vírus da dengue, os subtipos circulantes no DF são o DenV-1, detectado em 384 exames, e o DenV-2, presente em apenas 32 do total de amostras analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen).
“O vírus DenV-2 é o que possui maior taxa de agressividade e maior letalidade, enquanto o vírus DenV-1 tem maior capacidade de contaminicidade e menor taxa de letalidade”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Dino Valero. Em 2019, o DenV-2 predominou, sendo detectado em 71,1%, e o Denv-1, em 28,9% do total de amostras analisadas.
Fonte: Agência Brasília / Edição: Chico Neto