Trabalho de limpeza resultou em 1,2 mil tonelada de lixo e entulho retirada de locais públicos, além de 260 toneladas de inservíveis

Instalação de 160 metros de meios-fios garante escoamento adequado e segurança para moradores

Além de limpeza e serviços de manutenção de vias, o GDF Presente levou à Fercal uma solução para dois problemas que perduravam há décadas. As comunidades do Engenho Velho e do Programa de Assentamento Contagem agora não precisam mais se preocupar com a chuva. A força-tarefa composta por diversos órgãos públicos para resolver o impasse instalou galerias de águas pluviais em ambas. Além disso, faz reparos em uma ponte na segunda região, que se desintegrava a cada chuva, levando perigo para quem trafegava por ali.

Este e outros serviços foram executados em tempo recorde na Fercal, entre os dias 18 e 28 de fevereiro. Por onde passou o mutirão de órgãos públicos recolheu lixo, limpou avenidas e pistas. O saldo é eloquente: 1,2 mil tonelada de lixo e entulho retirada dos locais públicos, além de 260 toneladas de inservíveis – objetos que não servem mais para nada – encaminhadas para o local adequado, que não ruas ou praças públicas. A ação também recuperou vias com remendos e asfalto novo, e instalou galerias de águas pluviais onde não havia.

Entre as localidades que receberam esta última benfeitoria está a Quadra 8 do Engenho Velho. A região é velha conhecida do noticiário por sofrer com as enchentes nos períodos de temporal. Por estar em uma área íngreme, a quadra recebe toda a água escorrida do centro da cidade, o que fazia inundar as casas antes da construção da rede de águas pluviais.

Funcionária de um laboratório, Maria de Almeida, 53 anos, convive com os alagamentos há 43 anos – justamente o tempo em que ela mora na casa 14 da Quadra 8. Ao comentar a instalação da rede de águas pluviais, ela abre um sorriso e diz: “Vai ficar muito bom”.

Não é para menos. Maria se recorda dos maus tempos. “Toda chuva aqui era um sufoco. A enxurrada vinha cair aqui. Até hoje tem lama em casa. Nenhum governo nunca trabalhou pra gente”, lamenta.

Lá também foram instalados 160 metros de meios-fios, o que impede que o excedente da água não captado pela galeria invada a casa de Maria de Almeida e de seus vizinhos. Agora ela pode dormir até de porta aberta, que o perigo de enxurrada já passou, pois os meios-fios já estão implantados. A pista de chão também ganhou bloquetes, o que dá padrão de urbanismo ao local.

Obras beneficiarão comunidade escolar e moradores da região

Perigo superado

Longe dali, na área rural, o medo da chuva era ainda pior para os moradores das 100 famílias que compõem a comunidade Programa de Assentamento Contagem. O principal acesso dos moradores à área de residências é a ponte que passa sobre uma bacia de lama formada devido à água da chuva. Juntamente com a erosão, a estrada de terra foi se desfazendo ano após ano. Chuva após chuva.

No último domingo (1º/3), o temporal prejudicou ainda mais o acesso, deixando apenas espaço para a passagem de um carro por vez. Em uma ação rápida, a administração regional aproveitou o maquinário do GDF Presente e está praticamente refazendo a ponte. Foram necessários 16 caminhões de terra e pedra para compactá-la. Além disso, foram colocadas manilhas por baixo da estrutura, para onde a água passará e seguirá seu curso, sem acumular e causar risco de destruir a ponte.

Desde que o caminho foi encurtado por causa do desmoronamento de parte da ponte, dona Roseli de Freitas, 62 anos, não visita os filhos, que moram do outro lado. “Estava muito perigoso de passar.” Residente da Chácara 29, ela diz não ver o momento de terminar o reparo para continuar sua rotina de visita aos parentes. “Agora estou mais tranquila”, resume.

Administrador da Fercal, Fernando Gustavo ressalta a importância das duas obras, mas frisa que em ambas houve economia graças à participação da iniciativa privada. “A galeria e os bloquetes no Engenho Velho, além das manilhas na PA Contagem, foram instaladas com a ajuda de duas empresas aqui da Fercal: a Ciplan e a Tubomix, que fizeram a doação da maior parte do material. A gente entrou com a mão de obra”, destacou.

Fonte: Ary Filgueira – Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília