O escritório virtual chegou para fazer parte de um contexto no qual as relações de trabalho se renovam num piscar de olhos. E a cada momento novas formas de gerar e movimentar negócios ganham inovações.

Tudo começou por volta dos anos 90, quando essa novidade se tornou uma opção barata e acessível para empresas de variados portes e profissionais liberais que precisam de um espaço bem estruturado para trabalhar.

São espaços instalados em locais estratégicos que oferecem uma boa infraestrutura e serviços exclusivos e personalizados. Nestes locais existem salas privativas, espaços compartilhados (coworking), salas de reunião, recepcionista e serviços administrativos como impressão, digitalização e até motoboy. O leque de serviços varia de acordo com o porte.

E esse jeito estratégico de trabalhar só cresce. Hoje 210 mil pessoas circulam a cada ano por esses escritórios virtuais, movimentando 82 milhões de reais. O crescimento médio nos últimos anos tem sido de 20%.

Vantagens – Tanto o profissional autônomo, liberal quanto empresas de pequeno, médio e até grande porte podem encontrar pontos positivos na hora de contratar os serviços de um escritório virtual. Nós enumeramos alguns deles:

Custo reduzido: o número de pessoas dispostas a empreender cresce a cada dia, porém, nem sempre o dinheiro guardado pode financiar todo o projeto. Neste caso, começar e manter a empresa dentro de um escritório virtual é uma ótima saída Isso porque o profissional terá à disposição diferentes serviços por um custo bem atrativo.

Serviços variados: o contratante terá direito à recepcionista, uma linha de telefone exclusiva com atendimento personalizado para receber chamadas de clientes e prospects, salas de reuniões de diversos tamanhos e até copa para lanches rápidos e um café durante os papos comerciais.

Endereço comercial: outra vantagem, talvez uma das mais importantes dos escritórios virtuais, é a possibilidade de ter um endereço comercial. Ao possuir um local físico, a empresa oferece mais segurança para os clientes, o que aumenta as chances de fechamento de negócios de sucesso.

Maior interação: alguns escritórios virtuais possuem um pool de serviços e profissionais, de diferentes expertises, que podem ajudar ao empreendedor inicial com novas parcerias e descontos.

Um e outro – Mas ainda hoje muitas pessoas confundem quando se fala em coworking e escritório virtual. Há empresas que podem oferecer as duas modalidades, mas elas possuem diferenças.

O coworking oferece mesas e estações de trabalho para pessoas de diferentes expertises que precisam de um espaço para dar andamento às suas atividades por horas, dias, semanas ou meses.

A gama de serviços geralmente é menor do que em escritórios virtuais, uma vez que o contratante paga apenas por uma estação de trabalho. Esse formato mais colaborativo acaba unindo fisicamente pessoas que podem trocar informações e negócios.

Já o escritório virtual é focado em pessoas e empresas que precisam de um endereço para fazer o devido registro de seu negócio e para receber correspondências, um atendimento telefônico personalizado e também pessoas para reuniões de negócios.

Quem contrata os serviços de um escritório virtual tem a chance de optar pelo endereço comercial ou fiscal Falaremos sobre isso logo mais.

Assim como em um coworking, pessoas de diferentes ramos de atividade acabam dividindo o mesmo espaço em um escritório virtual. Porém, neste caso, a interação nem sempre é o foco do negócio.

Há quem diga que os coworkings nasceram junto com os escritórios virtuais, porém, o advogado tributarista Raul Haidar diz que se tem registro deste tipo de trabalho colaborativo desde 1963.

Ele conta que, nessa época, no centro da cidade de São Paulo, uma moça portuguesa abriu um grande galpão com salas, mesas e estações telefônicas para abrigar profissionais de diferentes ramos de atividade. Inclusive o próprio advogado usou as dependências por cerca de 10 anos para sediar seu Curso de Legislação Fiscal.

Os escritórios virtuais tiveram um destaque maior após a crise econômica mundial de 2010, época na qual empresas tiveram que enxugar custos e a taxa de empreendedorismo por necessidade aumentou. Iniciou-se, então, o boom deste modelo de negócios no Brasil.

 

Por Bartô Granja/Notibras – Foto/Divulgação