Cerca de 85% dos pacientes que morreram infectados pelo novo coronavírus tinham alguma comorbidade. Associado à idade, esse é um fator de alto risco, uma vez que 75% dos óbitos foram de pessoas com mais de 60 anos. Mas essas já estão sendo imunizadas. A preocupação do procurador distrital dos Direitos do Cidadão do DF, Eduardo Sabo, agora é com quem tem fragilidades que podem potencializar os efeitos da covid-19. São hipertensos, asmáticos, obesos, hipossuficientes e portadores de doenças raras ou de síndrome de Down, por exemplo. Coordenador da força-tarefa de enfrentamento à covid-19 do Ministério Público do DF e Territórios, Sabo pediu à Secretaria de Saúde informações sobre quando e como ocorrerá a inclusão de pessoas com comorbidades na lista dos grupos prioritários para vacinação. Também quer saber quais doenças serão consideradas comorbidades para efeito de vacinação e quais serão os critérios e mecanismos utilizados pela Secretaria para formulação de uma lista. Também é necessário estabelecer uma ordem de atendimento entre as doenças preexistentes. Não vai ser tarefa fácil e todos os critérios precisam ser definidos com urgência. “Acredito que em três semanas as pessoas com comorbidades começarão a ser atendidas”, disse Sabo.

Total transparência


Dados oficiais da Secretaria de Saúde indicam que cerca de 17% das mais de 333 mil pessoas contaminadas pela covid possuem comorbidades. Os mesmos dados mostram que aproximadamente 85% dos 5.553 óbitos registrados referem-se a pessoas acometidas por outras doenças, que, em razão dessa circunstância, tiveram seu estado de saúde agravado durante o tratamento contra a enfermidade decorrente da covid-19. O procurador de Justiça Eduardo Sabo afirma que comorbidade é uma das prioridades mais importantes. O problema é que, neste caso, podem ocorrer fraudes se não houver total transparência. Gente que consegue um relatório médico para atestar uma doença que não tem. Alguém duvida que vão tentar furar fila assim?

Mais vacinas para o DF


O procurador distrital dos Direitos do Cidadão do DF, Eduardo Sabo, disse que o DF está recebendo pessoas do Brasil inteiro, que vêm tomar uma dose da vacina contra covid-19. Segundo dados da Secretaria de Saúde, 20% das pessoas vacinadas pela rede local moram fora do Distrito Federal. Coordenador da força-tarefa de combate à pandemia, Sabo disse que o DF não pode deixar de receber essas pessoas porque o Sistema Único de Saúde é universal. Mas ele ressalta que o Ministério da Saúde precisa ter sensibilidade para esse fato e enviar mais doses para a capital.

Fonte: CB/Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos/CB-poder, Foto: Ed Alves/CB/D.A PRESS