Entre os dias 17 e 20 de junho, o campo da Administração Regional de Sobradinho II se transforma em um espaço de celebração, conhecimento e resistência com a chegada do projeto Cerrado Vivo. A iniciativa, que reúne cultura popular, educação ambiental e valorização das comunidades tradicionais, convida o público para uma experiência gratuita que mergulha nas raízes do bioma Cerrado.
Promovido pelo Instituto Arvoredo com apoio do Ministério da Cultura, o Cerrado Vivo percorre o Distrito Federal com a missão de destacar a importância de preservar o segundo maior bioma do Brasil, e também um dos mais ameaçados. Além disso, o projeto dá voz e visibilidade a povos que há séculos convivem em harmonia com a natureza, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Vivências que ensinam e inspiram
Durante os quatro dias de programação, os visitantes têm a chance de conhecer histórias, tradições e práticas ancestrais por meio de exposições, oficinas, rodas de conversa e apresentações culturais. Estudantes da rede pública da região, grupos da terceira idade e associações também participam das atividades, num convite à escuta ativa e ao respeito pelas diferentes formas de viver e cuidar da terra.
O evento traz uma sequência de palestras com temas essenciais para a valorização cultural e ambiental do Cerrado. Veja os destaques:
- 9h30 – Conexão ancestral: saberes e tradições dos povos indígenas do Cerrado
- 10h30 – Cerrado e sustentabilidade: práticas tradicionais dos quilombolas
- 14h30 – Medicina da terra: plantas medicinais e conhecimento tradicional do Cerrado
- 15h30 – Cultura, resistência e identidade: a vida dos povos tradicionais no Cerrado moderno
Para Aurora Ribeiro, aposentada e moradora de Brazlândia, participar da programação foi uma experiência marcante:
“É algo que toca a gente. Ver o cuidado que esses povos têm com a terra e aprender com eles faz a gente repensar muita coisa. Um evento como esse muda o olhar da gente sobre o mundo.”
Do cerrado profundo às cidades do DF
Antes de chegar a Sobradinho II, o projeto percorreu Samambaia, Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente. Nos próximos dias, o Cerrado Vivo seguirá por outras regiões do Distrito Federal, incluindo Planaltina, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião e Núcleo Bandeirante. A jornada se encerra com uma edição especial no coração de Brasília, entre o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional.
Com expectativa de alcançar mais de 30 mil pessoas, o Cerrado Vivo se firma como um movimento de valorização da cultura popular e promoção da consciência ambiental em todo o DF.
Serviço
Projeto: Cerrado Vivo
Local: Campo da Administração Regional de Sobradinho II
Data: De 17 a 20 de junho
Horário: Das 9h às 18h
Entrada gratuita
Realização: Instituto Arvoredo
Fomento: Ministério da Cultura
Apoio: Administração Regional de Sobradinho
Fonte: Simone leite/Radio Corredor
