A sigla LGBTQIAPN+ representa diferentes identidades de gênero e orientações sexuais. Por ser mais abrangente, ela acolhe uma quantidade maior de pessoas. Também substitui as siglas GLS e LGB, que surgiram em meados dos anos 80.
O fato de ser uma sigla ampla é, por si só, uma conquista, assim como foi o reconhecimento legal do Dia da Consciência Negra. Afinal, isso estende o olhar para indivíduos que ainda sofrem preconceitos e discriminação. Devido a esse cenário, essa comunidade precisa ter mais atenção aos fatores de riscos psicossociais.
O reconhecimento e a representatividade são fundamentais para garantir direitos e conquistas, mas, principalmente, respeito. Porém, o que desperta dúvidas em muita gente é o significado dessas letras e o contexto por trás delas. De que maneira isso impacta na vida das pessoas e na sociedade? Neste artigo você vai descobrir. Acompanhe!
A importância do movimento LGBTQIAPN+
Não são raras as notícias sobre ataques homofóbicos que envolvem violência física ou verbal. Pertencer à comunidade LGBTQIAPN+ ainda é um grande desafio devido à intolerância de gênero. Isso faz com que seja ainda mais importante a existência do movimento. Ele fomenta o debate sobre o tema.
No Brasil, é possível conversar abertamente sobre identidade de gênero, apesar das muitas vozes que ainda proferem discursos de ódio. No entanto, existem países em que ser LGBTQIAPN+ é crime. Logo, ainda existe muito a conquistar.
Esse movimento é fundamental para que a comunidade receba o devido respeito. Também para garantir direitos básicos, como o casamento e a constituição de família. O movimento LGBTQIAPN+ também conscientiza sobre a importância do cuidado com as pessoas que pertencem a essa comunidade.
São observadas com mais atenção questões de saúde física e mental. É o caso da ansiedade, da depressão e do risco do suicídio. Também do estresse excessivo no ambiente de trabalho por conta da discriminação. Por isso, a atenção à doenças ocupacionais deve ser redobrado:
A comunidade LGBTQIAPN+ está mais suscetível a doenças ocupacionais. Veja como evitá-las!
Por isso, o movimento precisa de apoio para se fortalecer e trazer mais notoriedade para sigla LGBTQIAPN+. Dessa forma, será possível modificar de maneira gradativa uma cultura preconceituosa e discriminatória. A comunidade conquistará, também, os direitos que não deveriam ser negados a nenhum cidadão.
Por que a sigla já mudou várias vezes?
Nos anos 80, o termo gay foi substituído pelas siglas GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) e pela sigla LGB (lésbicas, gays e bissexuais). Porém, essas letras não foram suficientes para representar a diversidade em relação ao gênero.
Então, com o passar do tempo, novas letras foram incorporadas para garantir a representatividade dessa diversidade. A abrangência promove um acolhimento maior das pessoas que não são heterossexuais nem cisgênero.
Mas não se trata apenas de reconhecer a existência delas. O fato de incluir esses indivíduos na comunidade e no movimento da sigla LGBTQIAPN+ também possibilita a luta pelos direitos citados.
Além disso, é uma forma de promover bem-estar e favorecer a segurança e a proteção dessas pessoas. Isso porque, reconhece mais casos de agressões e ataques homofóbicos. Assim, é possível criar leis e políticas para combater a intolerância de gênero.
O significado de cada uma das letras
Muita gente ainda acha desnecessário ter uma sigla extensa. Mas cada uma das letras de LGBTQIAPN+ não está ali por acaso. Elas representam grupos de pessoas reais e suas condições ou características.
A seguir, veja o significado dessas letras para que você entenda por que elas estão ali.
L (lésbicas): são as mulheres ou pessoas não binárias que se identificam com gênero que sente atração pelo sexo feminino.
G (gays): representa as pessoas que se atraem por indivíduos do mesmo gênero ou de gêneros parecidos.
B (bissexuais): são as pessoas que se atraem tanto pelo sexo feminino quanto pelo masculino.
T (transgêneros): são as pessoas que não se identificam com o seu gênero biológico. Também representa os travestis aqui no Brasil.
Q (queer): indivíduos que não se identificam com nenhum gênero ou preferem não se rotular.
I (intersexuais): pessoas que apresentam alterações hormonais que influenciam seus genitais externos e/ou internos. Por isso, não se encaixam nas normas binárias.
A (assexuais): indivíduos que se definem sem gênero ou que não sentem atração romântica ou sexual por ninguém.
P (pansexuais): pessoas que se sentem atraídas por indivíduos de qualquer identidade de gênero ou sexo.
N (não binárias): são as pessoas que não se reconhecem totalmente com o seu gênero biológico. Podem se identificar como homem e mulher, em uma mistura dos dois.
O sinal + (mais), ao final da sigla sigla LGBTQIAPN(+), representa as identidades de gênero e orientações sexuais que possam existir além dessas. Inclui os indivíduos que não se encaixam em um desses grupos.
LGBTQIAPN+ nas empresas: Diversidade e Inclusão
Com o objetivo de promover diversidade e inclusão, muitas empresas têm alterado a forma de contratação de profissionais. São postadas com mais frequência vagas com descrições de gênero neutro, por exemplo.
Essa medida é uma forma de reconhecer e valorizar os talentos independentemente da sua orientação sexual ou identidade de gênero. Assim, as organizações também se enquadram nas boas práticas de ESG.
No entanto, é preciso ir além da diversidade na hora de montar as equipes. Isso porque o ambiente de trabalho precisa se tornar um local saudável para todos os indivíduos. Logo, é importante incluir discussões sobre o movimento LGBTQIAPN+ na rotina da organização.
Também é válido incluir o Dia Internacional do Orgulho LGBT como uma das datas comemorativas para celebrar na empresa. Essas medidas são fundamentais porque o ambiente de trabalho ainda é hostil com a comunidade LGBTQIAPN+.
É o que mostra uma pesquisa realizada pela Coqual Task Force. A maioria (60%) dos profissionais transgênero e com diversidade de gênero afirma que os funcionários que não se conformam com o gênero vivenciam estereótipos e interações sociais negativas no local de trabalho.
Apenas 39% dos profissionais cisgêneros nos EUA concordam com esta afirmação. Sendo assim, a intolerância ainda se faz presente e precisa ser combatida.
Dialogar sobre o movimento LGBTQIAPN+ dissemina informação, que é a base para a mudança de comportamento e cultura. Ações e diálogos nas empresas são indispensáveis para alcançar esse objetivo. A partir dali, esse movimento pode crescer ainda mais e se espalhar por toda a sociedade, levando a grandes mudanças.
Fonte BeeCorp