quarta-feira, julho 30, 2025
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GDF acelera tratamento do Câncer com novo programa: “O Câncer Não Espera”

Programa revoluciona acesso a tratamentos oncológicos no DF

Em uma iniciativa ambiciosa e crucial para a saúde pública, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou o programa “O câncer não espera. O GDF também não”, com o objetivo de reestruturar e ampliar significativamente o acesso a diagnósticos e tratamentos oncológicos na rede pública. A iniciativa prevê mais de 1,3 mil novos atendimentos, priorizando a jornada do paciente e complementando os serviços com o credenciamento da rede privada.

Celeridade e humanização na jornada do paciente

O programa, sob gestão da Secretaria de Saúde (SES-DF), visa garantir um atendimento mais rápido, coordenado e humanizado a pacientes com câncer. O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, explicou em entrevista ao programa CB.Poder que a urgência da questão oncológica motivou a criação de uma solução rápida e eficiente para as filas de espera. “Hoje o tempo é primordial para um paciente oncológico. Pautado na fila, o governador determinou uma rápida solução para o problema”, afirmou Lacerda.

A reestruturação da linha de cuidado é o pilar central do programa, que abrange desde a Atenção Primária até a alta do paciente. Um dos pontos mais inovadores é a criação de uma fila única e prioritária para pacientes oncológicos, eliminando a espera em filas gerais de exames. “Em vez de ele cair numa linha geral de exames, ele agora cai numa fila única e prioritária. Vamos encurtar o tempo e proporcionar um tratamento mais rápido, o que impactará no prognóstico deste paciente”, detalhou o secretário.

Resultados imediatos

Os primeiros resultados do programa já são visíveis. Segundo Lacerda, na última segunda-feira (14), 48 pacientes da fila de espera oncológica foram agendados e 23 iniciaram o tratamento. Nesta quarta-feira (16), outros 40 pacientes seriam contatados para serem inseridos na nova linha de cuidado. A expectativa é que o programa proporcione 1.383 novos tratamentos oncológicos em todo o Distrito Federal em apenas três meses.

Reestruturação interna e suporte externo

A ampliação do acesso é impulsionada por uma série de ações internas na rede pública, como a já mencionada fila única para pacientes oncológicos, a expansão do atendimento em radioterapia para dois turnos, o aumento de 50% nas vagas de radioterapia e a ampliação das consultas especializadas.

Agora, os pacientes oncológicos serão classificados com uma carteirinha que os identifica para a fila prioritária, coordenada pela Central de Regulação Unificada. Essa classificação garante uma jornada prioritária, desde a triagem com oncologista, passando pela consulta com especialista e exames complementares, até o tratamento ativo (cirurgia, radioterapia ou acompanhamento). “Nós criamos um cartão que identifica o paciente para apresentar na triagem e ter um fluxo diferente no atendimento, para garantir mais segurança”, complementou Juracy Lacerda.

Paralelamente, o GDF complementou os serviços oncológicos com o credenciamento da rede privada, ampliando as unidades de atendimento para oito. Desde maio, mais de R$ 14 milhões foram investidos para que pacientes em fila de espera pudessem iniciar seus tratamentos em clínicas e hospitais especializados.

Com medidas adotadas pelo GDF, em julho houve redução na fila de espera para pacientes nas filas oncológica e radioterápica | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF

Redução das filas e monitoramento constante

Os dados da SES-DF comprovam o impacto positivo das novas medidas. Em março, a fila de espera para oncologia era de 1.519 pessoas (889 para oncologia e 630 para radioterapia). Com as ações implementadas, houve uma redução para 1.084 pacientes até julho, representando uma queda de 25% na oncologia (total de 669 pacientes) e 34% na radioterapia (415 pacientes). Além disso, o tempo médio de espera diminuiu significativamente: de 74 para 51 dias na fila oncológica (redução de 31%) e de 54 para 30 dias na fila radioterápica (queda de 44%).

O Distrito Federal registra uma média de 399 novos pacientes inseridos na fila mensalmente. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) preveem 8.831 novos casos entre 2023 e 2025 no DF, número que sobe para 10.367 ao considerar a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Os tipos de câncer mais incidentes são mama, cólon e reto e colo do útero em mulheres, e próstata, cólon e reto e traqueia, brônquio e pulmão em homens.

“O cenário da oncologia no mundo preocupa a todos. Sabemos que o aumento da expectativa de vida da população proporciona um aumento da incidência de novos casos de câncer. É por isso que temos que nos preocupar cada vez mais e fortalecer o projeto ‘O câncer não espera. O GDF também não’”, ressaltou o secretário.

Além da ampliação do acesso, a SES-DF investirá em painéis para monitorar o processo em tempo real e em ações de promoção e prevenção ao câncer. “Além de todo esse arcabouço, nós estamos utilizando dados para desenhar políticas públicas, porque se você tem um diagnóstico precoce, você tem uma grande chance de cura”, finalizou Lacerda, reforçando a importância da detecção precoce para um prognóstico favorável.

Fonte:  Delmo Menezes do Agenda Capital

Emícles Nogueira Nobre Júnior
Emícles Nogueira Nobre Júniorhttps://jornaldesobradinho.com.br/
Jornalista Profissional DRT 12050/DF, Blogueiro, Gestor Comercial & Diretor Geral do Jornal de Sobradinho.
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