Notificações aumentaram 5,6%, segundo último boletim da Secretaria de Saúde. Até agosto ocorreram 43 óbitos relacionados à doença.
Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Pixabay/Divulgação
O Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (23) pela Secretaria de Saúde, informa que 50.428 casos suspeitos da doença foram notificados na capital. Os dados se referem ao período de 30 de dezembro de 2018 a 28 de setembro de 2019. Desse total, 74 casos são considerados graves.
Nesse mesmo período, 47 pessoas morreram. De acordo com a pasta, a região norte – Planaltina, Sobradinho e Fercal – foi a área com maior número de vítimas (14), o equivalente à 29% dos casos.
Sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti — Foto: Reprodução/Fiocruz Bahia
Já, dentre os 44.828 casos prováveis da doença, 42.476 (94%) são de moradores do Distrito Federal e 2.352 (6%) residem em outros estados. A maioria dos registros é de adultos com idade entre 20 e 49 anos.
Veja as regiões com o maior número de casos prováveis:
- Região norte, que compreende Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, com 9.768 (21,79%) casos
- Região leste, que compreende Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico, com 8.632 (19,25 %) casos
- Região sudoeste, que compreende Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Recanto das Emas e Samambaia, com 7.636 (17,03%) casos
- As três regiões somam 58,07% dos casos do DF
Chikungunya e Zika
Em 2019, foram 257 casos notificados de chikungunya, dos quais (91,4%) são residentes no DF. Neste período, uma pessoa morreu.
Ainda neste ano, até o último boletim da Secretaria de Saúde, foram registrados 389 casos prováveis de contaminação pelo vírus Zika.
Vigilante de prevenção de endemias faz vistoria contra a dengue em casa no Gama, no Distrito federal — Foto: Secretaria de Saúde do DF/ Divulgação
Prevenção
Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito – além de se prevenir contra as doenças que ele transmite – o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira:
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
- Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
- Coloque areia nos vasos de plantas.