por CS — publicado 07/11/2025
Na manhã dessa sexta-feira, 7/11, começou a primeira etapa do Programa Maria da Penha Vai à Escola, na Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho, com atividades voltadas às orientadoras(es) educacionais e à Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem. A iniciativa é uma das ações da 31ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa, que acontece em todos os tribunais do país de 24 a 28 de novembro, mas, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), ocorre ao longo de todo o mês.
O encontro contou com a presença do juiz Josmar de Oliveira, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Sobradinho e da servidora Márcia Borba, assistente social da Coordenadoria da Mulher em situação de Violência da Justiça do DF (CMVD-DF). Em sua fala, o magistrado abordou a Lei Maria da Penha e destacou a importância de compreender as questões de gênero na cultura patriarcal e machista, que historicamente influenciam a violência contra mulheres e meninas. Ao final da palestra, compartilhou um relato pessoal de como a educação transformou sua trajetória de vida.
O julgador contou que cresceu no interior de Goiás e ressaltou o papel fundamental de uma professora que o incentivou à leitura e o presenteou com livros — gesto que despertou o amor pela literatura, o levou à Universidade de Brasília (UnB) e à magistratura. Atualmente, ele atua na temática da violência de gênero e reforça como o acesso à educação e ao conhecimento pode promover transformação social e Justiça.
O evento reuniu 56 profissionais da educação, que acompanharam a apresentação e participaram das discussões sobre os mecanismos da Lei Maria da Penha, formas de violência e medidas protetivas de urgência.
A programação seguirá com novos encontros formativos: no dia 14 de novembro, será realizada a oficina “Emancipação: Jogando contra o machismo”, conduzida pela servidora Maressa Neris; e, no dia 28/11, a atividade “Acolhimento e encaminhamento das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes com estudo de caso”, ministrada pela servidora Márcia Borba.
Os profissionais participantes também vão receber materiais pedagógicos sobre a temática, destinados a subsidiar o trabalho nas escolas, entre eles o baralho produzido pelas pesquisadoras Valeska Zanello e Lígia Feitosa. A ferramenta é voltada à discussão de gênero de forma acessível e educativa.
Fonte: © Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT
