Todos os subíndices do Icec apresentaram alta no período. O referente às condições atuais foi o que registrou a maior variação positiva do mês (1,8%) – após quatro retrações seguidas –, apesar de permanecer abaixo da zona de satisfação, com 94,1 pontos – único abaixo de 100 pontos. Em relação a setembro de 2018, houve avanço de 23,7%. Especificamente sobre a situação corrente da economia, houve crescimento mensal de 2%, atingindo 84,1 pontos. Embora tenha continuado abaixo de 100, foi o maior valor desde junho de 2019 (84,6 pontos) e a primeira taxa positiva após quatro quedas seguidas. Para 54,7% dos entrevistados, a situação econômica atual foi percebida como pior do que há um ano, um indicador melhor do que o apresentado em agosto, quando 60,3% dos empresários pensavam dessa forma. “Mesmo ainda sendo a maior parte, essa redução evidencia a melhora da percepção do empresário com relação à economia do País, que pode ser explicada pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2019 contra queda de 0,1% no mesmo período de 2018”, ressalta Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC. Com relação ao comércio, o incremento mensal foi de 2,2%, o que fez com que as avaliações desfavoráveis diminuíssem 4,6 pontos percentuais em comparação com agosto, atingindo 50,8% dos empresários.
Mercado aquecido
A satisfação quanto às condições atuais do comércio por parte dos empresários torna o ambiente melhor para os investimentos. O subíndice em relação às intenções de investimento no setor obteve variação positiva de 1,6%, após cinco meses de redução, chegando a 103,7 pontos e alcançando seu maior nível desde março de 2019 (104,7 pontos). Na comparação com igual período do último ano, observou-se crescimento de 9,5%.
A expectativa de contratação de funcionários continuou sendo a única dentre os indicadores de investimento acima do nível de satisfação, com 126 pontos. O incremento de 1,7% em setembro reforçou a tendência deste item, o único a apresentar variação mensal positiva já em agosto (0,3%). A maioria dos varejistas (70,9%) mantém planos de contratação para os próximos meses, superando a proporção aferida no mês anterior (65,4%).
Fonte: CNC