O programa cruza informações de pacientes e pré-agenda atendimento de acordo com o risco odontológico.
Um novo fluxo de atendimento foi implementado na clínica odontológica da Unidade Básica de Saúde 5 de Sobradinho II. Um sistema desenvolvido por um dos dentistas da UBS cruza informações com os usuários cadastrados no e-SUS, verifica quais pacientes ainda não passaram pela odontologia e faz um pré-agendamento automático de acordo com o risco odontológico, o que facilita a programação de atendimento ao paciente.
O sistema é resultado de um longo trabalho. Já em 2015 o dentista Gleiton Lima monitorava as demandas da população que atendia. Desde o final de 2019, Gleiton já esboçava este novo modelo para o fluxo de atendimento odontológico para a unidade. De dezembro a fevereiro, Gleiton digitou os códigos e em março colocou o sistema no ar.
“Os frutos colhidos de lá para cá são positivos, de uma diminuição considerável de demanda espontânea, na UBS e – com isso começamos a trabalhar efetivamente com um acompanhamento longitudinal dos usuários, tirando os usuários de uma zona de risco, de dores”, explica o dentista da unidade.
O sistema também programa o retorno dos pacientes, verifica quais família já foram atendidas e quantos membros por família já receberam atendimento odontológico. Estima-se que, desde o inicio do novo processo de organização, a média de primeiras consultas realizadas pela UBS é de 80 novos atendimentos por mês, com 72 tratamentos concluídos. “O usuário é conhecido. Ele é cadastrado no nosso sistema de informação que é o e-SUS. Ele é conhecido tanto da equipe de odontologia quanto, quanto da própria equipe de saúde da família que o acompanha”, reforça Gleiton.
Outras duas equipes de saúde bucal da Região de Saúde Norte estão testando o novo sistema, na Unidade Básica de Saúde 2 de Sobradinho e na UBS da Nova Colina. A diretora da Atenção Primária de Saúde, Renata Mercês, afirma que o sistema pode ser usado em outras unidades da Região Norte. “Devido à pandemia nós estamos com um contingenciamento de atendimentos neste momento, mas a intenção é a gente vê como é que isso roda para ver como podemos ampliar”, explica a diretora.
Durante a pandemia, a estratificação de risco está sendo realizada por meio de teleconsultas, conforme regulamento do Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Fonte: Agência Brasilia, Edição: Isabel de Agostini