O sonho em apresentar aos(às) estudantes uma visão mais profunda e rica sobre o continente africano, destacando cultura, história e arte, segmentos que tiveram grande influência na construção do Brasil, deu origem ao projeto Africanidades e culturas, apresentado pelo Centro de Ensino Fundamental 08 de Sobradinho II na última sexta-feira (22). Em sua primeira edição, o projeto, idealizado e realizado pela professora de Artes do CEF 08 Andréa Ferreira Sampaio, propôs uma homenagem à riqueza cultural de um povo que, apesar de tanto sofrimento, levou ao mundo uma cultura vibrante e singular.
Durante as aulas foram mostradas aos(às) alunos(as) a África como um continente riquíssimo em fauna, flora, minerais, história e cultura, e que sua influência é muito mais ampla do que geralmente imaginamos. A partir daí, ao longo de dois bimestres, os(as) alunos(as) pesquisaram de 18 itens geográficos, culturais e históricos sobre países africanos, a exemplo do patrimônio cultural, culinário, musical e da dança. Cada sala pesquisou um país e a partir daí todos(as) foram incentivados a traduzir esses aprendizados em instalações artísticas e apresentações que pudessem ser compartilhadas com a comunidade.
Andréa Ferreira Sampaio ressalta que o principal objetivo do projeto é promover o conhecimento e a valorização da cultura africana, desmistificando preconceitos e celebrando a diversidade cultural do continente. Além disso, busca conectar os jovens às suas origens, despertando neles o interesse por explorar a riqueza histórica, artística e cultural da África, e a entender como ela moldou o Brasil e o mundo. “Sempre tive curiosidade em explorar minhas próprias raízes, pois carrego em meu sangue uma ancestralidade negra que me foi transmitida por histórias orais passadas de geração em geração, histórias que não encontramos nos livros. Essas lembranças me marcaram profundamente e despertaram em mim o desejo de conhecer mais sobre minhas heranças. Foi aí que propus aos alunos a necessidade de perceberem que a cultura africana é muito mais que os estereótipos que muitas vezes são apresentados, e que seu legado é tão fascinante quanto o de outros continentes amplamente valorizados. Por meio desse projeto, os jovens puderam explorar aspectos como história, literatura, culinária, música, dança, biodiversidade, grafismos, costumes, entre outros”, ressalta.
O projeto foi aberto à comunidade e teve apresentações de música e capoeira, a apresentação do Xime (alimento feito com fubá de milho e acompanhado com galinha ensopada), prato conhecido em várias culturas africanas feito com galinha ensopada, além de instalações artísticas, cada uma voltada para o país pesquisado.
Fonte: Luis Ricardo / SINPRO-DF
