O atleta de Sobradinho (DF), campeão e prata na marcha atlética no Mundial de Tóquio, também foi o Melhor do Ano no Atletismo. Gianetti Sena Bonfim, conquistou o troféu de Melhor Treinadora. O triplista Davi Souza Lima foi premiado como destaque dos Jogos da Juventude.

Caio Bonfim leva o bicampeonato do Prêmio Brasil Olímpico: Melhor Atleta do Ano 2025 – (foto: Alexandre Loureiro/COB)
O Atletismo Brasil brilhou no Prêmio Brasil Olímpico 2025, realizado nesta quinta-feira (11/12), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O marchador Caio Bonfim foi eleito o Melhor Atleta Masculino do Ano por suas conquistas no Mundial de Tóquio – ouro nos 20 km e prata nos 35 km marcha atlética. Caio conquistou o bicampeonato na premiação que venceu também em 2024. O atleta de Sobradinho (DF) ainda foi eleito o Melhor do Ano – Modalidade Atletismo. A premiação também consagrou Maria Clara Pacheco, eleita a Melhor Atleta do Ano depois de grande destaque para o taekwondo em 2025.
Caio deu show em seu discurso, com um misto de emoção e bom-humor. Agradeceu ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), aos seus patrocinadores Caixa e Puma. Caio agradeceu ao pai, João Evangelista Sena Bonfim, que “viu aquele menininho cheio de energia e colocou na marcha atlética, aos 10 anos”. A mãe e treinadora Gianetti que aprimorou a sua técnica de marcha e a mulher Juliana que falou: “Caio, vai lá conquistar o mundo que eu seguro as pontas aqui”, com os seus três filhos – Miguel, Theo e Manuel.
“Eu lembro que para a minha primeira Olimpíada, na Rússia, eu fiquei a cinco segundos de fazer o índice. Ela (Gianetti) comemorou o tempo e eu caído pensei… meu Deus fazer tudo de novo. E lembro dela dizer: ué, você vai ter que fazer isso todo dia para estar entre os melhores. E hoje, coroando esse ano, nós batemos o recorde brasileiro em cinco minutos e cinco segundos em relação aquela marca”, contou Caio.
Gianetti Sena Bonfim, mãe e treinadora de Caio Bonfim, foi consagrada como a Melhor Treinadora do Ano.
“Quero dizer que nós fazemos parte de um projeto social que transforma meninos em cidadãos e campeões. E o Caio, que eu tenho a honra de ser a mãe e treinadora, que hoje é um campeão mundial e medalhista olímpico, saiu desse projeto de Sobradinho, em Brasília. Me sinto muito feliz, honrada e nem nos melhores sonhos imaginaria estar aqui vivendo esse momento”, disse Gianetti, de 60 anos, lembrando das conquistas femininas.
“Esse troféu aqui vai para todas as mulheres treinadoras, batalhadoras – dedico a Cida (Maria Aparecida de Lima), treinadora (mãe do Davi Souza Lima), minha amiga, que também foi uma grande saltadora. A gente batalha todos os dias para se firmar como profissional. E a gente tem conseguido”, acrescentou.
O matogrossense Davi Souza Lima recebeu o PBO como destaque dos Jogos da Juventude Júnior (Sub-18). Filho de atletas olímpicos – Vicente Lenilson de Lima e Maria Aparecida de Lima -, o jovem atleta de 17 anos fez uma marca histórica na final do salto triplo masculino para conquistar o ouro com a marca de 15,79 m, topo do ranking mundial sub-18 da prova.
O Atletismo Brasil chegou a oito troféus sendo a segunda modalidade com mais atletas premiados (a ginástica artística tem 13 prêmios). Isaquias Queiroz é tetracampeão e o maior vencedor (2015, 2016, 2018 e 2021).
Homenagens – Personalidades do atletismo dão nomes a importantes homenagens do Prêmio Brasil Olímpico. O Troféu Adhemar Ferreira da Silva – bicampeão olímpico do salto triplo e que tradicionalmente homenageia uma gloriosa carreira de um atleta do esporte nacional – foi entregue ao velejador Robert Scheidt, dono de cinco medalhas olímpicas.
O Troféu Vanderlei Cordeiro de Lima Destaque foi ganho pelos integrantes da equipe de remo Quatro Sem – Andrei Jessé, Diogo Volkmann, Kayki Rocha e Miguel Marques – dos Jogos Pan-americanos Junior Assunção 2025, que conquistaram um bronze histórico após perderem, por quebra, um remo. Assim como a Medalha Pierre de Coubertain, honraria criada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para grandes heróis e entregue a Vanderlei Cordeiro de Lima depois dos Jogos de Atenas-2004, o troféu vai homenagear atletas e personalidades do esporte por demonstrações de espírito olímpico.
Fonte: cbat.org.br






