domingo, abril 20, 2025
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Acidentes com peçonhentos seguem em alta no DF

Acidentes com peçonhentos seguem em alta no DF

Número de incidentes com animais peçonhentos no Distrito Federal continua elevado. Até 15 de março deste ano, foram registrados 1.069 casos, sendo 927 provocados por escorpiões, segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Em 2024, o total de notificações superou 4.275, com 3.733 casos de picadas de escorpiões.

Morador do Riacho Fundo I, o enfermeiro Edivan Pereira, 29 anos, já encontrou escorpiões dentro de casa. “Tinha acabado de chegar do trabalho quando vi um bem na porta da frente. Fiquei muito assustado. Já encontrei uns três, no tapete, no sapato… Acredito que eles gostem de se esconder em lugares escuros”, relatou. Apesar dos sustos, ele nunca foi picado. “Por sorte, sempre achei eles antes.”

A SES-DF alerta que o atendimento médico imediato é fundamental em caso de picadas. O tratamento depende do animal e da gravidade dos sintomas. Medidas iniciais como compressas mornas podem aliviar a dor, mas a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação. A necessidade do soro específico é avaliada caso a caso. “Em caso de picada de escorpião, serpente, aranha, lagarta ou abelha, procure atendimento médico imediatamente. Lave o local com água e sabão e não aplique outras substâncias”, orienta a secretaria. Nos últimos dias, uma notícia falsa circulou nas redes sociais alegando falta de soro no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A informação foi desmentida pela SES-DF, que garantiu o abastecimento da unidade e o atendimento regular às vítimas.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que é acionada com frequência para ocorrências envolvendo animais peçonhentos. Nos últimos três meses, a média foi de três atendimentos por dia em áreas urbanas e rurais. As serpentes mais comuns são cascavéis e jararacas, com predominância das primeiras. Lago Sul, Jardim Botânico, Gama e Sobradinho registraram os maiores índices de aparições. A corporação orienta a população a isolar o local, manter distância e contato visual com o animal até a chegada dos militares. O contato deve ser feito pelo número 190. Segundo a PMDF, a maioria dos casos ocorre em residências devido à presença de roedores. “A melhor forma de prevenção é manter os ambientes limpos e livres de entulho”, destaca a polícia.

Além da atuação da Polícia Militar e da Secretaria de Saúde, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) também atua no atendimento a vítimas de acidentes com animais peçonhentos. “Nos casos em que pacientes procuram atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) ou no Hospital de Base (HBDF), é realizada a triagem conforme o Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco, e o paciente é encaminhado ao hospital de referência para seguir com o tratamento”, informou o instituto. O IgesDF ressalta que as UPAs 24 horas e o Hospital de Base não possuem soros antivenenos, sendo o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) a única unidade da rede que mantém este insumo.

Entre janeiro e abril deste ano, o HRSM registrou 132 notificações de acidentes com animais peçonhentos. A maioria dos casos envolveu escorpiões (118), seguidos por serpentes (4), além de ocorrências com abelhas, lagartas e outras espécies menos comuns. Nas UPAs geridas pelo IgesDF, o volume de atendimentos também é expressivo. “Neste mesmo período, foram realizados 2.403 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos”, informou o instituto. As picadas de escorpiões e aranhas continuam sendo as causas mais frequentes.

Como se proteger de animais peçonhentos

  • Sacuda roupas, calçados e roupas de cama antes de usar;
  • Mantenha camas e sofás afastados da parede e sem contato com o chão;
  • Use luvas grossas em jardins ou ao manusear entulhos e materiais de construção;
  • Evite acúmulo de lixo, entulhos, folhas e objetos no quintal;
  • Mantenha a casa limpa e organizada, principalmente armários e sapatos;
  • Os trabalhadores do campo devem sempre utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs), como botas ou perneiras;
  • Ao podar plantas ou colher frutas, use mangas longas e atenção com lagartas.

Onde buscar atendimento:

Hospital Materno Infantil de Brasília
– Atendimento para crianças até 13 anos, 11 meses e 29 dias.
– ⁠Tipo de acidente: Jararaca, cascavel, aranha armadeira ou aranha marrom, escorpião e lagarta lonomia.

Hospital Regional da Asa Norte
-Tipo de acidente: Jararaca, cascavel, escorpião, aranha armadeira ou aranha marrom, lagarta lonomia e escorpião.

Hospital Regional do Guará
-Tipo de acidente: Escorpião

Hospital Regional de Brazlândia
– Tipo de acidente: Jararaca, cascavel, escorpião e aranha.

Hospital da Região Leste Paranoá
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião.

Hospital Regional de Ceilândia
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião.

Hospital Regional do Gama
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião.

Hospital Regional de Santa Maria
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião.

Hospital Regional de Planaltina
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião.

Hospital Regional de Sobradinho
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião

Hospital Regional de Taguatinga
-Tipo de acidente: Aranha armadeira ou aranha marrom, jararaca, cascavel, escorpião

Fonte: CARLIANE GOMES/Jornal de Brasilia – redacao@grupojbr.com, Foto: Tony Winston/Agência Saúde

Emícles Nogueira Nobre Júnior
Emícles Nogueira Nobre Júniorhttps://jornaldesobradinho.com.br/
Jornalista Profissional DRT 12050/DF, Blogueiro, Gestor Comercial & Diretor Geral do Jornal de Sobradinho.
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