Primeira etapa da campanha vai até o dia 25, para crianças de 6 meses a 5 anos. Capital registrou três casos confirmados em 2018

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo começa na segunda-feira (07/10/2019). No Distrito Federal, a ação promovida pela Secretaria de Saúde será dividida em duas etapas. A primeira, que ocorre de segunda até o dia 25 de outubro, tem como foco crianças entre 6 meses e 5 anos. Já a segunda fase acontece de 18 a 30 de novembro e terá como alvo pessoas com idades entre 20 e 29 anos.
De acordo com a pasta, serão 100 mil doses da vacina disponíveis no DF. Na primeira etapa da campanha, 19 de outubro será o Dia D da mobilização. Nessa data, os postos de vacinação do DF estarão funcionando das 8h às 17h.

 

Nos demais dias, a imunização estará disponível conforme a rotina das salas de vacinas do DF, que funcionam de segunda a sexta-feira. Na fase seguinte, a data em que os postos de saúde funcionarão ininterruptamente para atender a população local será o dia 30 de novembro.

A cobertura da tríplice viral no DF, de janeiro a agosto deste ano, alcançou 86,9% do público alvo. Conforme levantamento realizado pela Gerência de Imunização da Secretaria de Saúde, de janeiro a 21 de setembro, foram investigados 175 casos suspeitos de sarampo na capital, sendo três confirmados, 133 descartados e 39 ainda em apuração.

Segundo o titular de Saúde, Osnei Okumoto, a estratégia da pasta para combater a doença é realizar trabalho diferenciado, com técnicas de vigilância em saúde. “Há uma necessidade de que a secretaria esteja fazendo todo um acompanhamento desses pacientes e das pessoas que tiveram contato com eles, identificar se foram vacinados ou não. Por isso temos esse cronograma de atividades”, pontuou.

Ana Karolline Rodrigues/Metrópoles
Gestores da Secretaria de Saúde falam sobre a campanha contra o sarampo no DF

Ministério da Saúde

 

Sobre os públicos-alvo da campanha, Fernanda Ledes, da área técnica de imunização da Gerência de Vigilância da pasta, ressaltou que a ação é seletiva, buscando atingir somente quem não foi imunizado. “O objetivo é fazer uma busca das pessoas que não estão vacinadas. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde que estamos seguindo aqui no DF”, enfatizou.

De acordo com a enfermeira, as doses da vacina serão destinadas a esses dois públicos a pedido do Ministério da Saúde, porque são as faixas etárias com maiores incidências de complicações e óbitos no país. “Os dois grupos são formados por pessoas que mais têm adoecido por sarampo, então é uma forma de priorizá-las”, explicou.

 

A profissional ainda pede para que adultos de 30 até 49 anos confiram cartões de vacina, uma vez que já devem ter tomado uma dose da vacina. “Pedimos para que as pessoas resgatem seu cartão de vacina, que é como conseguimos ver se já estão vacinadas. Se já estiver, ela não precisa ser vacinada novamente”, destacou.

 

Fernanda ainda chamou atenção para o fato de que crianças entre 6 e 11 meses de idade devem ser vacinadas com a chamada dose zero, que será disponibilizada no dia 25 deste mês. “A dose zero é feita no momento de surto, então não existe no calendário. Aos 12 meses, já tomam a dose de rotina”, frisou.

 

Caso a pessoa já tenha contraído o sarampo alguma vez, a enfermeira esclarece que há casos que, ainda sim, esta deve tomar a vacina da tríplice viral. “Quando a pessoa diz que teve o sarampo nós questionamos se teve mesmo. Teve caxumba e rubéola também? Se não teve essas outras, precisa se vacinar igualmente, porque corre riscos de contrair essas outras doenças.”

 

A meta da campanha é vacinar 95% das crianças do DF com idade entre 6 meses e 5 anos. A dose é contraindicada para mulheres gestantes e pacientes imunodeprimidos. “Essas pessoas devem ter recomendação médica para poder tomar. Também pedimos para que a mulher em idade fértil evite gestação nos próximos 30 dias após tomar a vacina”, finalizou a profissional da secretaria.

 

O sarampo é uma doença viral, aguda e de alta transmissibilidade. Deve procurar um médico a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38,5°C, manchas avermelhadas pelo corpo acompanhadas de sintomas como tosse, coriza e/ou conjuntivite. Conforme recomenda a secretaria, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) o mais rapidamente possível.

 

 

Fonte: Ana Karolline Rodrigues/Metrópoles – Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil