Crime ocorreu em abril de 2024 durante discussão na casa do casal; juíza considerou histórico criminal da ré e gravidade das consequências
O Tribunal do Júri de Sobradinho condenou Adriana Martins de Aguiar a 14 anos e 22 dias de prisão pelo assassinato de João Paulo Mancinelli Silva, seu companheiro. O crime ocorreu em abril de 2024, na residência do casal, após mais uma discussão em um relacionamento marcado por conflitos frequentes.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o casal teve uma discussão acalorada no fim da tarde. João Paulo chegou a sair de casa, mas retornou no início da noite, quando os dois voltaram a discutir de forma intensa. Durante a briga, Adriana pegou uma faca e golpeou o companheiro, causando sua morte.
Na sentença, a juíza presidente do Júri classificou a conduta de Adriana como “extremamente reprovável”, destacando que o crime foi cometido enquanto ela cumpria pena por outros delitos. “Isso demonstra não apenas insubordinação à ordem jurídica vigente, mas também desprezo pelas regras e disciplina próprias de quem está sob custódia do Estado”, afirmou a magistrada.
O histórico criminal da acusada pesou na decisão. Contra ela constam quatro sentenças condenatórias anteriores por crimes como furto qualificado, tentativa de furto, infrações do Estatuto do Desarmamento e homicídio simples. A juíza também destacou as consequências trágicas do crime: “Além da perda irreparável sofrida pela mãe e pelo irmão da vítima, dois filhos — um deles ainda pequeno — ficaram sem o pai e vêm enfrentando os efeitos emocionais da perda.”
A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. No entanto, a juíza optou por não decretar a prisão imediata da ré, mantendo a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar humanitária, medida que já havia sido concedida anteriormente. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (24).
Fonte: Jornal de Brasilia, com informações do TJDFT