Se não apresentar resultados, a UE regulamentará as redes.
O Facebook, Google, Twitter, entre outras associações, apresentaram um código de conduta à Comissão Europeia nesta quarta-feira (26) com uma série de práticas para combater as fake news e a desinformação online.
A União Europeia pediu, em abril, que as plataformas da internet efetuassem um plano para combater esses problemas ou, caso contrário, estariam sujeitas a possíveis regulamentações criadas pelo bloco.
As empresas se comprometeram em colocar fim ao “clickbait”, conteúdo que chama atenção para o clique, mas não oferece o que foi prometido. As associações querem colocar um fim na ligação entre a publicidade online e os sites que difundem informações falsas.
Ainda, para tornar mais transparente a publicidade eleitoral na internet, as redes eliminarão as contas falsas e contas robô das plataformas; ampliarão o acesso dos usuários a diversas fontes de informação, melhorando a visibilidade de conteúdos relevantes; e facilitarão também as denúncias de mentiras.
Será consentido, segundo o documento, aos pesquisadores e acadêmicos entrar nos dados das plataformas para monitorar a desinformação online. “Essa é a primeira vez que a indústria concordou voluntariamente com uma série de autorregulamentações para combater a desinformação no mundo”, declarou Mariya Gabriel, comissária de Sociedade Digital da UE.
Ela também convidou outras associações a se unirem ao movimento, além de intimar as plataformas a colocarem imediatamente em prática as ações delineadas no código de conduta. A comissária se encontrará com as empresas nas próximas semanas para acompanhar a parte prática do projeto, e uma avaliação da eficácia das medidas será realizada até o fim de 2018.
Gabriel lembrou, por fim, que, se os resultados forem insuficientes, a Comissão proporá ações às redes, inclusive regulamentadoras. (ANSA)
(*) Tech Notícias