Alambrado de 667 metros quadrados levará mais segurança para pacientes e funcionários que frequentam até 22h
A Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 2 de Sobradinho II – também conhecida como Clínica da Família – funciona em horário ampliado desde novembro com atendimentos até 22h. Ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, o local é rodeado por mato e, até agora, não tinha cercamento. À noite, a sensação de insegurança assustava pacientes e funcionários, mas o Governo do Distrito Federal está instalando 667 metros quadrados de alambrado.
A obra direta é executada pela Divisão de Conservação e Reparos (Dicor), vinculada à Diretoria de Edificação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), e não gera custos extras ao governo. Os módulos e os painéis instalados ao redor do prédio são produzidos na empresa e levados até o local, onde são chumbados, recebem solda e implantação da tela.
Ao todo, são 50 módulos, com cerca de seis metros de comprimento cada. O alambrado é estruturado por tubos de aço galvanizado, tem tela de arame e malha quadrada de cinco centímetros. A mão de obra é de servidores da Novacap e de reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), subordinada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). A expectativa é que o serviço seja finalizado ainda nesta semana.
Tudo isso faz com que os custos sejam reduzidos. “Se fossemos licitar, essa ação estaria orçada em cerca de R$ 144 mil. Além da economia aos cofres públicos, também tem a execução mais rápida pela atividade ser feita diretamente”, explica o chefe da Dicor, Pedro Isaac. Ele conta que a demanda veio para proteger a unidade. “Estava suscetível a roubos, assaltos, arrombamentos. O alambrado dá segurança a quem precisa do local”, diz.
Proteção física
Supervisora da UBS, Carla Moreira Rodrigues Vieira trabalha na unidade desde dezembro – um mês após começar a funcionar até 22h. “Aqui é muito ermo. À noite, o movimento diminui bastante e fica um pouco perigoso para os pacientes que vêm a pé ou de ônibus”, conta. De acordo com ela, a preocupação também era dos trabalhadores.
Ali, são 62 servidores, dois vigilantes por turno e quatro funcionários da limpeza. Em junho, foram 1.806 atendimentos, sem contar os acolhimentos. ““Quando o horário foi ampliado, aumentou o policiamento e a ronda, mas a gente ainda sentia necessidade de proteção física. Agora, com alambrado, a gente se sente mais seguro para sair”, afirma.
A boleira Tauane Pimentel, 36 anos, mora em frente à UBS. Ela e toda a família são acompanhados pelas equipes de saúde da família. “O atendimento é ótimo e acho importante essa instalação porque dificulta ações de criminosos nessa área porque evita que corram livremente”, opina. Ela confirma que, à noite, o espaço fica vazio e a sensação era de insegurança. Em visita à cidade na semana passada, o governador Ibaneis Rocha apontou a necessidade da instalação do material no local.
Fonte: Jéssica Antunes, da Agência Brasília, Edição: Carolina Jardon