Unidade presta assistência especializada em saúde mental a 350 crianças e adolescentes. DF conta com quatro unidades destinada a este público
Famílias se reuniram na confraternização de Natal do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) de Sobradinho. A celebração, realizada na área externa da unidade de saúde, na terça-feira (10), cumpre a um dos propósitos da assistência em saúde mental: a reinserção social.
Ao longo de toda a tarde, as famílias puderam participar de atividades recreativas, desfrutar de lanches e adquirir peças de roupas em bazar comunitário. Os filhos de Marlene Santos, 43 anos, eram parte do grupo de crianças e adolescentes que se divertia durante a festa.
“Em momentos de confraternização a gente consegue estimular muito do protagonismo do indivíduo”, explica a gerente do CAPSi Sobradinho, Kellen Amarante. Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF
Enzo Cauã, 7 anos, Lavínia, 12, e João Vicente, 15, são acompanhados pela equipe multiprofissional do Capsi Sobradinho. O primeiro a contar com a Atenção Psicossocial Especializada foi o caçula, há dois anos e meio. “Eu estava sofrendo muito, não sabia como lidar com a situação. Eu achava que não precisava de ajuda”, relembra a mãe.
Após o início do tratamento para deficiência intelectual (DI) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), os sintomas têm sido controlados e o garoto apresenta bom convívio. “A Rede de Atenção Psicossocial é muito importante para a minha família. Tem feito muito bem para o desenvolvimento das minhas crianças”, comemora.
“A Rede de Atenção Psicossocial é muito importante para a minha família. Tem feito muito bem para o desenvolvimento das minhas crianças”, comemora Marlene Santos, 43 anos, cujos três filhos são acompanhados pela equipe multiprofissional do CAPSi Sobradinho. Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF
Celebração
Para Tainara dos Santos e o filho Guilherme, 10 anos, as festas neste final de ano têm um sabor especial: o menino, que adora participar das atividades oferecidas pelo Capsi, recebeu alta após um ano de tratamento para Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). A mãe avalia os benefícios do tratamento medicamentoso e da terapia em grupo semanal: “o acompanhamento ajudou muito. Ele ‘passou de ano’ na escola. É outra criança!”.
A gerente do Capsi Sobradinho, Kellen Amarante, assevera que não existe Caps sem festa. “Em momentos de confraternização a gente consegue estimular muito do protagonismo do indivíduo”, explica. Ela acrescente que as práticas de lazer, além de estimular o convívio e a participação em comunidade, servem também como oferta para uma população em situação de vulnerabilidade social que muitas vezes não tem acesso a esse direito.
A celebração, realizada na área externa da unidade de saúde, cumpre a um dos propósitos da assistência em saúde mental: a reinserção social. Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF
Rede de Atenção Psicossocial
O CAPSi Sobrandinho presta assistência especializada multidisciplinar ao público infanto-juvenil. Atualmente, a unidade conta com cerca 350 usuários ativos das regiões administrativas de Arapoanga, Sobradinho I e II, Planaltina e Fercal (Região de Saúde Norte).
O serviço atende crianças e adolescentes que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes (até 18 anos incompletos) ou sofrimento psíquico decorrente do uso de substâncias psicoativas (até 16 anos incompletos). O Distrito Federal conta com outras três unidades destinada a este público, localizadas em Asa Norte, Taguatinga e Recanto das Emas.
Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal – Assessoria de Comunicação