Agressão foi vista por professora titular da turma. Instituição expulsou educadora; 13ª DP investiga.
Uma criança autista de 6 anos foi agredida com tapas por uma educadora social voluntária do Centro de Educação Infantil 2 de Sobradinho, no Distrito Federal. O caso ocorreu no último dia 18, em uma atividade conjunta entre os alunos.
Segundo a ata da escola que relatou o fato, a educadora social revidou o tapa que teria recebido no rosto. Depois disso, também deu outro tapa no braço. A professora titular da sala viu a ação e levou a voluntária para a coordenação.
A mãe da criança agredida, Thais Martins, registrou boletim de ocorrência na 13ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho, e pretende entrar na Justiça contra a voluntária. “Quando os professores me contaram, eu me assustei, chorei, estava desesperada. Cheguei à escola e o diretor estava com o pessoal do conselho tutelar, que me aconselhou a fazer um boletim de ocorrência. Foi o que eu fiz”, disse.
“Ela não era preparada para lidar com uma criança especial.”
Depois da agressão, a criança deixou de ir para a escola, pois estava muito agitada. Agora, já retomou os estudos.
A orientadora foi expulsa da escola. A instituição colocou outra pessoa para cumprir a mesma função na turma.
O que diz o governo
Em nota, a Secretaria de Educação informou que “repudia qualquer forma de violência” e que fez o desligamento da voluntária da escola. Disse, ainda, que está dando “todo o apoio para o estudante e a família dele” e que o caso está em investigação na esfera policial.
O educador social voluntário trabalha no suporte de atividades de ensino integral, especializado e infantil. Para ocupar essa vaga, a pessoa deve ser universitária em formação, estudante da educação de jovens e adultos, ou estudante do ensino médio.
Eles colaboram em atividades diárias da escola de segunda a sexta-feira, sempre sob a orientação de um professor titular, recebendo um salário de auxílio de R$ 27 por dia.